Família do Rotary entra em ação para socorrer as vítimas de um dos maiores desastres naturais no estado
Em 19 de setembro o governo do Rio Grande do Sul confirmou: o número de vítimas fatais havia chegado a 49. O ciclone extratropical que se formou na região Sul do país no dia 3 do mês passado provocou o desastre natural mais letal da história gaúcha em quatro décadas. Houve queda de granizo, ventos fortes e tempestades que resultaram em enxurradas e inundações.
Segundo a Agência Brasil, o rio Taquari subiu 17 metros acima da profundidade habitual, alagando os municípios de Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas, no Vale do Taquari, região central do estado. Os principais estragos ocorreram, além da região dos Vales, no norte do estado e na Serra Gaúcha. Registros da destruição vieram de mais de cem municípios: rodovias bloqueadas, pontes submersas — a ponte de ferro que liga Farroupilha a Nova Roma do Sul, construída a 22 metros de altura e inaugurada na década de 1930, chegou a romper —, quase mil feridos, dezenas de desaparecidos, milhares de pessoas desabrigadas, dezenas de milhares desalojadas, milhares de animais mortos. Cidades inteiras a serem reerguidas. O estado de Santa Catarina também foi atingido, mas de forma menos grave.
A esfera pública e a sociedade civil se mobilizaram nas ações de salvamento. A Polícia Rodoviária Federal, o Exército e a Marinha cederam aeronaves e embarcações. O governo do estado anunciou um financiamento de R$ 1 bilhão para socorrer as vítimas — e adiantou que possivelmente o Plano Diretor das cidades do Vale do Taquari atingidas mudará de forma considerável para prevenir novas tragédias.
O governo federal anunciou o envio de 20 mil cestas básicas e, com a Caixa Econômica Federal, antecipou o pagamento do programa Bolsa Família a beneficiários residentes em municípios gaúchos devastados. E o Rotary entrou em ação desde o primeiro momento, auxiliando inclusive na retirada de lama e entulho dos imóveis.